Sob a respiração...
Indistintamente
Há mais estrelas essa noite do que nas anteriores
Faíscam segredos e eu escuto de perto a minha canção de ninar
Deixo guardado o que um dia eu quis
Inevitavelmente e previsível, desencantei
Protegi em mim
Irreparável, não mais tentando buscar o que passou, é fim!
Olhos abertos, eu vou esperar o sol chegar
Despeço-me das estrelas, cúmplices de um tecido segredo
Beijo a noite com meus braços abertos
Asas prontas, é uma renovada constelação, de dia...
Novamente, eu estarei aqui na noite seguinte
Dividindo a leveza (e também o peso) que trago
Singela e doce, a leveza intensa que deveria pesar
Mas se fez chuva, eu já posso sentir...
Não mais inalcançável, não mais dolorido
Apenas melancólico...
Aproveito (não mais suporto) o dia enquanto a noite não vem
Deliberada, haverá sempre um lugar seguro, sim!
Distraída, aquém dos meus esconderijos sempre presente...
Não há solução, apenas atalhos e superficiais remediações...
A melancolia e a nostalgia, quando nos enlaçam, parecem ser um caminho muito difícil de ter volta. Mas nada é impossível, desde que se queira deixar o passado pra lá.
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