DARE YOU TO MOVE

É uma manhã quente de agosto, tomo meu café ainda mais quente que o sol “um para cada um” lá fora, anunciando o calor muito maior que virá...


Entre um gole e uma espiada nos pássaros cantando na árvore do vizinho recém podada, percebo que eu me amei através de outras pessoas e nem percebi. Eu estava muito ocupada com o que faltava e não fui capaz de assimilar a beleza aqui...


O amor que enalteci em poesia e prosa, defendi com unhas, dentes e canções... que eu iria nas profundezas do tártaro por, mas não me deixaria jamais, não mais...


Passo meu batom favorito no espelho pequeno do banheiro e digo-me nos olhos antes de seguir:


O amor em tamanha grandiosidade que sentistes só foi possível porque era você, pela essência que trazes no peito e floresces entre seus dedos nas linhas de sua literatura disforme... 


Era você despertando todas as borboletas no estômago, escorrendo pelos seus olhos abertos, como uma criança adulta descobrindo o mundo. 


Épico!


E pode ser épico todas as vezes que o amor chegar, porque eres o épico, nós somos infinitos, está em nós...


O amor latente nunca esteve nas mãos a quem o dedicastes e sim nas suas (digo admirando a forma de minhas mãos), na profundidade daquilo que te encanta e não sabes o porquê... 


No altar oculto que carregas, na sensibilidade do seu signo de fogo, no seu ser mundano, rasgado, multidimensional e imprevisível, que pode se doar, mas não sem antes ser sua, não sem antes conquistar seu reino, não sem antes ser o mundo... 


Dare you to move!

Dare you to love... you! 

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